por Jhonny em
Editorial

Mais uma vez a Netflix bate seus recordes ao lançar a grande surpresa que foi Wandinha, a série da filha da Família Addams.

Wandinha

Primeiro, vale lembrar, a Família Addams surge em 1930 no formato de quadrinhos, criada pelo quadrinista Charles Addams. Desde então, essa família caricata já foi adaptada para tv, cinema e teatro [digo ainda, os filmes de 1991 e 1993 fizeram a minha infância kkkkkk]. Os Addams são uma sátira da família tradicional americana, moldados num humor ácido e mórbido. Personagens dignos de um eterno Halloween, destoando de tudo que pode ser taxado como comum.

A mais recente adaptação, foca nas desventuras de Wednesday Addams (no Brasil, traduzida para Wandinha Addams), enquanto aluna de um internato envolto em mistérios e seres fantásticos. A série possui episódios produzidos por Tim Burton, cineasta responsável por Estranho Mundo de Jack, Os Fantasmas se Divertem, A Noiva-Cadáver, Edward Mãos de Tesoura, dentre muitas outras obras que utilizam do estilo sombrio para gerar humor.

O tom gótico é obrigatório, sendo muito bem executado, mesclando referências culturais do nicho com a mitologia dos Addams. Até os dilemas juvenis, típicos de séries teens, servem como contrapeso para a morbidade clássica dos Addams, enfatizando a sua estranheza até entre os “excluídos” da Escola Nunca Mais [a escola tem um site próprio, como material de divulgação]. Ainda, os embates entre “normais” e “excluídos” destacam com acidez o sarcasmo sobre a sociedade comum/tradicional e a aversão ao “diferente”.

Wandinha é perfeitamente interpretada por Jenna Ortega, que se dedicou ao extremo em diversos fatores para o papel, treinando esgrima, alemão, violoncelo e trejeitos caricatos (o andar rígido, a ausência de piscadas e a expressão  apática), sendo ainda a principal responsável pelas referências na icônica cena de dança. [Ainda, devo dizer, qualquer obra com Gwendoline Christie merece respeito S2].

A série se prende na Wandinha e num elenco de personagens inéditos para a trama, mas ainda temos aparições de outros membros da família, nos encantando com suas estranhezas tão marcantes.

A primeira temporada se encerra concluindo apenas parte do enredo construído, fazendo questão de enfatizar as pontas soltas que ficaram [quase que uma provocação à Netflix, para uma possível renovação]. Sendo assim, muitas questões ficam sem solução e dependentes de, ao menos, uma segunda temporada, a qual ainda não foi confirmada pela plataforma, em que pese o sucesso do lançamento.

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