Nesta última semana, estreou na Netflix a terceira temporada de Umbrella Academy.

A série baseada em quadrinhos de mesmo nome, criada por Gerard Way (vocalista da banda My Chemical Romance) e ilustrada pelo brasileiro Gabriel Bá, ganha sua terceira temporada e atiça novamente o público.
Quarenta e três mulheres dão à luz a crianças das quais não estavam grávidas no início do dia e um milionário excêntrico as compra para formar uma instituição de super indivíduos [basicamente uma escola dos X-men bem desequilibrada].
Essa é a premissa de Umbrella Academy, que conta as aventuras desses irmãos que, ao mesmo passo que tentam salvar o mundo da destruição total [problemas de terça-feira], ainda tentam lidar com suas desavenças e traumas de vida. A série não segue os quadrinhos à risca, mas mantém muito o espírito das aventuras que envolvem fatores malucos e desconhecidos.
Os quadrinhos se voltam para um estilo mais “emo” (muito preto, sombras, franjas e o sentimento de não-pertencimento e revolta). A série mantém pinceladas, nessa temática (aprofundando isso ao trabalhar os traumas de cada um), mas amplia mais a paleta de cores e o uso de um humor que às vezes beira o nonsense.

Toda temporada usa a ideia de um “apocalipse iminente” como um palco, usado para trabalhar os relacionamentos dos personagens, interações atrapalhadas e os mistérios que vão se passando ao fundo.
Dessa vez, após várias dificuldades envolvendo viagem no tempo, os heróis da Umbrella Academy caem em uma linha do tempo alternativa onde eles não foram escalados para a academia, mas sim outras crianças, dando origem à Sparrow Academy. Agora eles têm que descobrir como se encaixar nessa realidade (ou tentar “corrigi-la”), ao mesmo tempo que buscam descobrir como é que o mundo tá acabando, de novo.

Esse ar de “repetição” envolvendo o Apocalipse pode causar uma estranheza para quem for começar a acompanhar, mas é mais uma das ferramentas que dão humor à série, passando o sentimento de “Poxa, estou a semana toda evitando o fim do mundo e tá acontecendo de novo. Não aguento mais!!!”.
Alguns personagens parecem carregar o grupo com seu carisma, mas com o tempo todos tomam seu tempo de tela e vão ganhando seu espaço.
O tom atemporal também é uma ferramenta bem presente. Uma hora temos alta tecnologia baseada em porcaria nenhuma, em outra temos tecnologia e cenários dos anos 90.
As discussões bobas, os poderes incríveis e mal usados (por causa das travas emocionais e não do roteiro, diga-se de passagem), o ambiente visualmente atrativo, as temáticas abordadas (algumas legais para ficção e outras muito importantes socialmente) e os segredos que vão surgindo em migalhas, são todos fatores que estão cativando os fãs.
Dito tudo isso, Umbrella Academy merece a atenção que está recebendo! E pelo visto, por hora, manteremos o maior questionamento da série: o maior perigo é o apocalipse ou a incrível falta de comunicação desse povo?
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